EQUIPAMENTOS

VALISE OU ESTOJO DA ARMA – “CASE”

Ninguém merece estar em viagem e, ao abrir o case, descobrir seu rifle com a coronha trincada ou quebrada!

O estojo – “case” – é uma valise ou estojo rígido e grande o suficiente para transportar seu rifle, ele é ESSENCIAL para evitar surpresas desagradáveis em viagens, principalmente internacionais. Um estojo – “case” – robusto que proteja sua arma é muito mais útil do que um de marca, “ajeitadinho”, com detalhes em couro! A sua bagagem pode ser submetida a pesados maus tratos, o estojo – “case” – deve ter condição de resistir a tudo e preservar o conteúdo intacto.

Por serem mais longos que bagagens normais, os estojos – “cases” – podem ficar apoiados apenas por suas extremidades e terem que suportar na parte central muito peso oriundo de inúmeras outras malas. Esse esforço para suportar esse peso não pode ser transferido para seu rifle! Ninguém merece estar em viagem e, ao abrir seu estojo – “case” -, descobrir seu rifle com a coronha trincada ou quebrada! Lembre-se de que tudo pode acontecer: chuva, neve, poeira, lama, quedas, bagageiro não pressurizado de aeronave pequena… não há limite para os imponderáveis de uma viagem.

O estojo – “case” – também tem que ser seguro contra violações. Deve possuir trancas seguras ao longo de sua extensão e vários pontos resistentes para colocação de cadeados robustos! Os cadeados do estojo – “case” – não devem ser aqueles que podem ser abertos pelas equipes de inspeção.

Existem diversos tipos e fabricantes de estojos – “cases”. Os mais robustos costumam ter o casco de material sintético (poliuretano) ou alumínio; um anel ao redor da tampa (o´ring) para melhorar a vedação, e vários fechos e dobradiças protegidas ao longo de sua extensão para garantir um fechamento  firme.

Internamente os estojos – “cases” – podem vir ou não com duas ou três folhas de espuma. O rifle não deve ficar em contato com o casco do estojo – “case” – e também não deve ficar excessivamente comprimido pelas folhas de espuma. O melhor é sempre cortar a folha do meio com cuidado para encaixar seu rifle e luneta de forma apertada. Muitos costumam guardar a parte cortada e re-encaixá-la quando o case não estiver em uso.

Tenha em mente que tamanho não é documento, estojos – “cases” – muito longos podem não caber no seu carro, e o peso é um parâmetro importante. Se o estojo – “case” – da arma e o da munição pesarem menos de 25Kg juntos, algumas empresas aéreas os consideram como apenas um volume. Finalmente um par de rodas pode ajudar em deslocamentos longos.

Algumas vezes, além do estojo – “case” – pode ser necessário levar também na viagem uma capa mole. Confira com seu “outfitter” antes de partir se será possível levar o estojo – “case” – até seu acampamento base. Pode ser necessário levar junto uma capa macia para transportar a arma em veículo, lancha ou avião pequeno.

Lunetas

Entre as lunetas também existe uma imensa variedade de opções que podem tornar as primeiras escolhas confusas.

Atualmente são muitas as opções de acessórios de pontaria além das lunetas óticas. O mercado oferece uma grande variedade de miras holográficas, miras reflexo, lunetas de visão noturna, lunetas térmicas, miras laser… cada um com seus pontos fortes e fracos.
Abaixo um carabina de assalto M4 com uma mira holográfica, o “dot” de uma mira reflexo e a famosa mira periscópica RSP-2W

Entre as lunetas também existe uma imensa variedade de opções que podem tornar as primeiras escolhas confusas. A transmissão da luz é fator diferencial entre as lunetas. Quando for comparar lunetas, é importante procurar ambientes com pouca luminosidade.

As lunetas permitem a realização da pontaria e o posicionamento do tiro com muito mais precisão que as miras abertas (ou metálicas que vem fixadas nos canos), por outro lado podem reduzir a velocidade de reação para o disparo e dificultar o disparo em alvos móveis.

Abaixo um FAL com sua luneta de 5 aumentos, um Barret  .50 com sua luneta de maior potência e uma carabina .30M1 com uma mira reflexo PK01, própria para temperaturas sub-árticas

É bom manter em mente que o aumento de um recurso é acompanhado do sacrifício de outro: o ganho de potência reduz tanto o campo visual, como a medida da pupila de saída, dificultando o uso com pouca luminosidade. Uma objetiva maior melhora o emprego da luneta no lusco-fusco, mas também aumenta o tamanho e peso da luneta e assim por diante.

As lunetas de boa qualidade são diferenciadas pelo seu conjunto de lentes de elevada transparência e pela qualidade de gravação dos retículos. Sua estrutura robusta é capaz de suportar o choque e o recuo do disparo de qualquer calibre sem perder o ponto de regulagem. São seladas e preenchidas com nitrogênio (N) ou com um gás nobre como argônio (Ar) ou criptônio (Kr).

Vale a pena lembrar que as lunetas de primeira linha podem ser mais caras que o próprio rifle.

As lunetas são normalmente identificadas pela sua potência/zoom seguida do diâmetro de sua objetiva: 6×41 (potência fixa de 6x e objetiva de 41mm); 2-12×50 (potência variável de 2 a 12x e objetiva de 50mm); 1,5-5×25 (potência variável de 1,5 a 5x e objetiva de 25mm).

O que “olhar” em uma luneta? Procure um ambiente de pouca luminosidade para avaliar uma luneta. Verifique se existem distorções na periferia do campo de visão. Caso a luneta possua potência variável verifique se o retículo muda de posição ao variar a potência. A seleção da luneta vai depender do uso, mas independente do seu emprego é sempre bom observar algumas características importantes:

Objetiva

Normalmente as objetivas variam de 25mm a 60mm. O diâmetro da objetiva é a medida que mais influencia a capacidade da luneta ser usada em condições de baixa luminosidade. Quanto maior a objetiva, melhor será a entrada de luz e melhor será seu desempenho no lusco-fusco. Mas o tamanho da objetiva impacta seu peso final e seu tamanho, acarretando um maior afastamento entre o eixo ótico e o eixo do cano. Luneta com objetivas a partir de 50mm oferecem melhores condições para uso no período lusco-fusco.

Objetiva 50mm em um tubo de 30mm

Algumas lunetas possuem a objetiva com uma curvatura na parte inferior para permitir que sejam montadas mais “baixas” e próximas ao eixo do cano. Esta curvatura permite que as lunetas com maiores objetivas, tais como as de 56mm, sejam montadas com um menor afastamento entre o eixo ótico e o do cano.

Zoom ou potência

Aqui vale lembrar o dito popular de que tamanho não é documento. Potências maiores  podem ser excelentes para realização de tiros apoiados em alvos fixos, mas dificultam os disparos a mão livre (sem apoio) e reduzem a velocidade de apreensão de alvos no campo.

Lunetas com potência variável são mais flexíveis para o uso, porém são mais caras e pesadas. Muitos caçadores experientes transportam suas armas com as lunetas entre 3x e 6x de potência.

Com pouca luz ambiente é possível melhorar a visibilidade da luneta reduzindo sua regulagem de potência. A menor potência vai aumentar a  relação da pupila de saída.

Retículo
Tipos, iluminados, com mil-dots (milésimos), Minutos de ângulo – MOA

Os retículos são importantes para permitir a realização da pontaria e as correções necessárias. Os retículos para competição ou militares nem sempre são ideais para atividade de controle e caça. É importante escolher um retículo que não comprometa atenção com o alvo, que seja fácil de ser visualizado mesmo em locais de mata onde troncos e galhos podem confundir as linhas do retículo.

Muitos tipos de retículos possuem marcações nos eixos vertical e horizontal. Essas marcações são úteis para avaliação de distância e correção do ponto de pontaria, podem ser em milésimos (Mil-Dots) ou em Minuto de Ângulo – MOA e abaixo iremos explicar melhor como usá-los.

Tome cuidado na hora de escolher!

Os retículos que possuem muitas marcações para auxiliar na avaliação de distâncias e precessão, também podem acabar comprometendo a atenção e a velocidade do seu tiro. Esses retículos com diferentes marcações são normalmente de linha militar.
Abaixo dois modelos de retículos da Schmidt & Bender:

A marcação de milésimos é muita utilizada em equipamentos óticos militares e ajuda na avaliação de distância. Cada milésimo representa o ângulo em que 1 metro é visto a 1000 metro de distância, ou 10cm a 100m de distância. As lunetas com correção em milésimos costumam usar 0,1 Mil (um décimo de milésimo) por click, que corresponde a 1cm visto a 100m de distância.

As marcações em Minuto de Angulo (MOA) correspondem ao ângulo em que 1 polegada é vista a 100 jardas de distância. As lunetas com marcação em MOA, costumam usar 0,25 MOA (1/4 de MOA). Convertendo para o sistema métrico, corresponde a 0,7cm a 100m de distância.

 

Alguns retículos são iluminados e ajudam não só para a pontaria com pouca luz, mas também na velocidade da pontaria durante o dia. Para situações de pouca luz é muito importante poder regular a intensidade da luminosidade para não prejudicar a adaptação dos olhos à escuridão.

Quando for escolher uma luneta, gaste um tempo prestando atenção na largura dos retículos e avaliando se estão adequados para sua atividade. Retículos estreitos são difíceis de serem rapidamente identificados em áreas com muitos galhos ou em mata pesada, por outro lado os retículos muito largos podem atrapalhar a pontaria em alvos distantes ou menores.

Plano focal do retículo

No caso de lunetas com potência variável, é importante decidir se o retículo deve estar no primeiro ou no segundo plano focal. Se o retículo estiver em primeiro plano, ele estará antes das lentes de aumento e suas dimensões acompanharão a regulagem da potência. Se o retículo estiver em segundo plano focal, ele estará posicionado depois das lentes de aumento e portanto, independente da potência, as dimensões do retículo não serão alteradas.

Como isso afeta a escolha da luneta?

Os retículos em primeiro plano aumentam e diminuem conforme a regulagem da potência. Assim os retículos com marcações de milésimos ou MOA, mantêm a relação geométrica e continuam sendo úteis em qualquer regulagem. Por outro lado os retículos podem ficar muito espessos nas maiores potências ou muito estreitos nas menores potências.

Quando em segundo plano, os retículos permanecem com as mesmas dimensões independente da variação da potência. Assim os retículos manterão sempre sua dimensão ótima na maior ou menor potência. Em contrapartida as marcações de milésimos ou MOA perderão a relação geométrica e não poderão mais ser usadas com precisão.

Tubo

O tubo da luneta é a parte cilíndrica entre a objetiva e a ocular, seu diâmetro é medido em milímetros ou em polegadas (25mm). O diâmetro do tubo tem pouca influência sobre a transmissão de luz da luneta. Normalmente os tubos variam de 25mm a 36mm.

As lunetas européias normalmente possuem tubo de 30mm e as norte americanas de um polegada ou 25mm. Um maior diâmetro vai permitir um maior leque de regulagem em elevação e direção; diminui a necessidade de angulação da luz que entra pela objetiva; e também melhora as condições de fixação entre a luneta e os anéis de montagem

Campo de visão

Significa a extensão linear do terreno visível pela sua luneta a determinada distância. Lunetas com pouco aumento costumam ter um campo de visão próximo de 40m de largura a 100m de distância. Como regra geral, quanto maior a potência, menor será seu campo de visão e mais demorada será sua pontaria. Com menores potências é possível manter ambos olhos abertos e engajar alvos com muito mais velocidade.

 

Distância de alívio

É a distância que seu olho pode ficar da luneta para conseguir uma pontaria adequada. Mesmo que esteja usando uma luneta de primeira linha, é importante atentar para que sua fotografia – a imagem do retículo e do contorno da luneta – esteja com o mínimo de sombra ou “túnel” e que o retículo esteja centralizado.

Rifles com maiores calibres costumam ter recuo significativo e podem ferir seriamente seus olhos, por isso é importante ter uma distância de alívio razoável, além de manter o rosto fixo na coronha de forma que sua cabeça recue junto com o rifle, mantendo a luneta afastada de seus olhos.

Torres

Na grande maioria das lunetas haverá na parte central do tubo uma  estrutura com torres para regulagem. A torre na parte superior regula a elevação e outra na lateral direita regula a deriva.

As torres podem ter os controles de regulagem  expostos ou lacrados. As torres lacradas protegem os controles de regulagem do mato e outros objetos que possam alterar a regulagem  inicial da luneta. Nestas lunetas o atirador corrige seu tiro alterando o ponto de pontaria visualmente. As torres com controle de regulagem expostos permitem que o atirador insira correções diretamente na regulagem da luneta mantendo fixo o ponto de pontaria no alvo.

É importante saber qual a correção correspondente a cada clique da torre. Nas lunetas em milésimos, a correção normalmente é de 1cm a cada 100m (0,1Mil), já nas em MOA, a correção normalmente é de 1/4 de MOA (0,25 MOA) ou de 1/3 de MOA (),33 MOA) que equivalem respectivamente a 0,7cm e 0,94cm a cada 100m.

Algumas lunetas possuem outra torre mais próxima a ocular conhecida por BDC – Bullet Drop Compensator – Compensador de  Queda de Trajetória. Esta torre se destina a aplicar correções de alcance para algumas munições com cargas específicas e são mais comuns em lunetas para armas militares. Outras lunetas possuem medidores laser de distância, no frigir dos ovos, será um peso no seu rifle e mais um dispositivo que pode entrar em pane. Quanto mais simples uma luneta, menos chance de quebrar, além do mais existem distanciômetros a laser de boa qualidade disponíveis no mercado.

Lunetas de primeira linha são normalmente livres de paralaxe.

MOCHILAS

Acondicionar agasalhos, capas de chuva, binóculos, água, documentos, luvas, GPS, bússola e etc. 

Caçadas de oportunidade no exterior vão demandar o uso de mochilas para acondicionar agasalhos, capas de chuva, binóculos, água, documentos, luvas, GPS, bússola, óculos reserva (para os que dependerem do óculos), mais munição, máquina de fotografar, telefone satelital, banco de bateria, comida, lenços umedecidos, “spotters”, facas e canivetes.

As mochilas têm diferentes capacidades oferecendo diferentes autonomias de campo. Algumas possuem uma estrutura para manter uma pequena distância das suas  costas. Isso dá um pouco de conforto, por outro lado pode pode ser inconveniente para ser transportada na cabine do avião. É uma grande vantagem poder transportar sua mochila como bagagem de mão. Mochilas de 45 litros de capacidade oferecem espaço suficiente para a maior parte das caçadas em que se pernoita em uma base e podem ser transportadas como bagagem de mão durante os voos. Outras mochilas com maior capacidade também podem ser transportadas como bagagem de mão, já que, não estando cheias, podem se deformar para ficar em  conformidade com as restrições da IATA.

Algumas mochilas já vêm com uma cobertura impermeável para proteger da chuva.

BINÓCULOS E SPOTTERS

Muitos caçadores preferem ter um equipamento menor para uso dinâmico durante a luz do dia, e outro maior para caçadas mais estáticas com longos períodos de observação ou no lusco-fusco.

Mesmo que tenha uma visão perfeita, se possível, leve um binóculo consigo. Ele vai ser muito útil identificando os troféus, em uma aproximação final sem depender de sua luneta e ajudando a garantir um tiro seguro.

Assim como com as lunetas, a nomenclatura é composta pela potência seguida do diâmetro das objetivas, por exemplo:

  • 4×28 – potência de 4x e 28mm de objetivas;
  • 8×32 – potência de 8x e 32mm de objetivas;
  • 10×42 – potência de 10x e 42mm de objetivas

Quanto maior a objetiva, mais adequado para emprego no lusco-fusco. Os binóculos normalmente são de potência fixa, mas podem possuir potência variada. Não se impressione com maiores potências porque a partir de 10x, fica difícil observar a mão livre sem uma imagem trêmula.

Sendo empregados para inúmeras atividades, nem todos binóculos são resistentes ou a prova d’água, por isso é bom prestar atenção na hora de escolher um equipamento. É possível separar os binóculos por tamanho:

  • Compactos: objetiva inferior a 30mm.
    Binóculo Zeiss compacto prisma de teto

 

 

 

  • Médios: objetiva entre 30 e 42mm.

 

 

 

 

  • Grandes: objetiva superiores a 42mm

A regra das “compensações” também se aplica para binóculos. Os compactos são pequenos, leves e podem ser usados com apenas uma mão. São tão pequenos que cabem no bolso da camisa e estão sempre a mão. Por outro lado, assim que as condições de luminosidade diminuírem, eles deixam de ser úteis. Os com objetivas de 42mm e superiores são claros e permitem uma observação prolongada, por outro lado são pesados e volumosos. Os binóculos grandes são excepcionais para uso no lusco fusco e podem ser usados em esperas. Em razão do peso e tamanho são pouco práticos para uso em caçadas à pé.

Muitos caçadores preferem ter um equipamento menor para uso dinâmico durante a luz do dia, e outro maior para caçadas mais estáticas com longos períodos de observação ou no lusco-fusco.

Binóculo com prisma de Porro

Basicamente encontra-se no comércio os binóculos com prisma de “teto” e os com prisma de “Porro”. Eles são de fácil distinção, os de “Porro” são aqueles em que os eixos óticos das objetivas são claramente mais afastados do que os eixos óticos das oculares e os de “Teto” são aqueles em que os eixos parecem coincidir.

Os “spotters” são lunetas com um suporte tipo tripé. A nomenclatura é semelhante a das lunetas e binóculos. A potência é variável, normalmente de 20x a 60x, podendo chegar 80x, e objetivas variam de 60mm a 80mm. Alguns modelos possuem o eixo ótico da ocular angulado com o eixo ótico da objetiva e permitem rotacionar a ocular para permitir a visualização a partir de diferentes posições.

A elevada potência demanda o uso dos tripés e permite identificar impactos de tiros nos alvos a partir da linha de tiro. Em alguns tipos de caça são utilizadas para verificar ou confirmar as características dos animais e evitar longos deslocamentos por troféus não compensadores.

CALÇADOS E MEIAS

Quando a água alcança o joelho, compensa usar os “waders”. Eles são usados por cima do calçado e vestem como calças ou apenas pernas de calça.

Na maioria das caçadas os seus pés serão fundamentais para obter sucesso! É importante que eles sejam cuidados e protegidos! Saiba escolher o calçado para onde estiver indo e leve uma pomada para cuidar dos seus pés.

Lembre que botas são mais seguras que outros calçados, mas também são mais pesadas e vão cobrar um preço de seu preparo físico. As botas tipo galocha, são mais apropriadas para áreas alagadas mas são ruins  para andar em encostas. Não dá para achar um calçado eclético que seja apropriado para qualquer terreno e clima. Conforme o local para onde esteja indo, a escolha do calçado vai ser essencial para proteger seus pés, lhe dar conforto e segurança. Se for escolher uma bota lembre de levar a combinação de meias que pretende usar para não errar no tamanho, e esteja atento para sentir qualquer ponto que  possa lhe trazer atrito ou desconforto em longas caminhadas.

Quando a água alcança o joelho, compensa usar os “waders”. Eles são usados por cima do calçado e vestem como calças ou apenas pernas de calça. O melhor forma de transportá-los é prendendo bem por fora da mochila para não sujar seu material nem tirar espaço interno. Eles não duram muito, as vezes o guia tem alguns avulsos para emprestar.

Independente do clima, usar uma meia fina (de sapato social) antes da meia ou meias mais grossas pode evitar assaduras e manter a umidade da meia grossa afastada dos seus pés. Pode ser que você se veja obrigado a usar uma bota recém comprada ou tenha que pegar uma emprestada de um guia ou amigo.

Em muito locais pode ser possível ir com um calçado tipo tennis, mas não deixe de se informar se a região onde vai estar é rica em plantas rasteiras com espinhos. Boa parte dos tennis de corrida são feitos com tecido bem arejado  para permitir a transpiração, o que é ótimo, exceto se for submeter seus pés ao tormento dos espinhos. Existe uma
polaina de couro (gaiter) para proteger o peito dos pés e o tornozelo. Vale a pena adquirir para fugir da agonia dos espinhos fustigando o pé.

GPS E BÚSSOLAS

Não são raros os relatos de caçadores que perceberam que seus guias haviam perdido a orientação. A melhor forma de poder traçar uma rota de evacuação é com o uso de GPS ou bússola.

É sempre bom poder se orientar sem depender do seu guia. Não são raros os relatos de caçadores que perceberam que seus guias haviam perdido a orientação. A melhor forma de poder traçar uma rota de evacuação é com o uso de GPS ou bússola.

A vantagem da bússola, é não depender de bateria. Por outro lado, navegar com precisão vai demandar um mapa da Região, conhecimento do ângulo QM e da declinação magnética da Região. O GPS oferece um uso mais simples e, em alguns modelos, é possível baixar mapas de quase todas regiões do planeta em diferentes escalas. O site Open Street Maps oferece opção de baixar mapas gratuitos que podem ser inseridos em alguns tipos de GPS.

Ao procurar um GPS esteja atento principalmente à duração da bateria. Outros recursos interessantes são:

  • operar com sinais da rede de satélites GPS e GLONASS
  • permitir inclusão de novos mapas de diferentes fontes
  • uso de baterias comerciais

Bússolas que sejam usadas para navegação devem ser resistentes e precisas. Poder incluir diretamente a declinação magnética e o ângulo QM (ângulo formado entre o norte de quadricula e o norte magnético) é uma facilidade importante mas não essencial.

Facas

Os guias deverão estar com as facas para limpar seu troféu, mas se estiver escurecendo, vai ser muito bom que você possa ajudar. Mesmo que não tenha experiência para carnear, uma faca boa é um item importante para levar consigo em qualquer atividade no campo, se possível dentro da mochila.

SACOS DE DORMIR

Se for colocar seu saco de dormir dentro da mala, ele vai ocupar muito espaço e talvez lhe obrigue a despachar mais uma mala.

Algumas caçadas vão demandar o uso de sacos de dormir. É importante verificar se as temperaturas que serão enfrentadas são compatíveis com as recomendadas no saco de dormir. Desconsiderar isto pode fazer suas noites longas e desagradáveis.

Alguns sacos de dormir privilegiam facilidade de transporte, são apelidados de “múmias”, oferecem pouco espaço interno mas são leves e de menor volume;  enquanto outros privilegiam a qualidade do sono, são mais espaçosos e confortáveis. A desvantagem é que acabam sendo muito mais volumosos e pesados.

Cada um pode fazer sua escolha. Se for colocar seu saco de dormir dentro da mala, ele vai ocupar muito espaço e talvez lhe obrigue a despachar mais uma mala, mas a maioria das empresas aéreas admitem que siga junto com uma mochila na cabine.

OUTROS CACARECOS

Cordas são sempre úteis, desde organizar uma barraca até  para amarrações de emergência.

Uma esteira térmica é muito útil para esperas longas em áreas úmidas. Elas são muito leves e podem ser enroladas e transportadas fixadas por fora da mochila.

Cordas são sempre úteis, desde organizar uma barraca até  para amarrações de emergência. Cordas de paraquedas são leves e excepcionalmente resistentes. São vendidas no comércio como “paracord”. Para quem gosta de estar preparado para tudo, tiras de câmara de pneu de bicicleta ou moto também podem ser muito úteis.

Existem alguns apoios para facilitar sua pontaria nos tiros em pé, são chamados bastões de tiro – “shooting sticks”. Eles são encontrados em versões com um, dois e três pernas telescópicas. Se pretender usar, é bom dar uma praticada antes. Também é possível montar seu próprio com uma corda ou tiras de câmara de pneu de bicicleta e galhos encontrados na região.

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