munições de caça

Falar sobre calibres de caça é procurar briga. Muitos caçadores têm seu quadro mental, pré concebido, alinhado com a defesa irresoluta dos seus calibres preferidos. Para cada argumento vem um contra argumento, o que é de se esperar já que sempre estamos trocando um incremento de uma qualidade por uma redução de outra.

Existe um postulado com que todos concordam – o atirador tem que ter capacidade de lidar com o coice da sua arma -. Não se pode adotar uma arma cuja a batida prejudique a qualidade da pontaria! Não é aconselhável usar um calibre com o qual não se consiga apontar e disparar a partir de diferentes posições de tiro.

A arma, munição e aparelho de pontaria formam um conjunto flexível que permite ao caçador potencializar o desempenho do conjunto para diferentes atividades ou condições conforme a configuração.

Existem inúmeros calibres mundialmente utilizados para caça. Para encontrar alguns, será necessário rodar bastante já encontrar os chamados de “wildcats”, é tarefa desanimadora. Adiante apresentaremos uma lista de calibres que ainda são anunciados por grandes fábricas.

Ao lado de cada um acrescentamos uma noção sobre a maior e a menor energia de boca em razão das diferentes cargas e projetis oferecidos pelos fabricantes mais reconhecidos. As medições da tabela foram obtidas a partir de canos de 500 a 660mm de comprimento.

Observamos o desenvolvimento de novos calibres e munições de caça nos últimos anos. Muitas dessas munições tem futuro promissor, apesar de ainda pouco conhecidas entre caçadores. Uma delas é o cartucho 10,3x68mm ele se propõe a assumir a posição do .375HH, lançado em 1906, como uma munição eclética – um calibre para tudo! Ainda pouco conhecido pode comportar projetis de 200 a 400gr e possui um baixo recuo. Atualmente apenas a Sauer e Blaser estão fabricando armas neste calibre, e deve levar um tempo até ser possível ele estar nas prateleiras das regiões de caça remota.

Ao mesmo tempo que algumas modalidades de caça demandam o aumento do alcance de engajamento, alguns órgãos reguladores têm incentivado o uso de munições sem ombro (estojos retos) por resultarem em menor alcance e assim reduzirem o risco de acidentes em áreas de caça próximas à regiões habitadas (estas munições têm sido muita usadas em rifles semi-automáticos para caçadas de javalis e cervos nos EUA).