Categoria: Programas Internacionais

Diversidade de animais no Etosha Park

Diversidade de animais no Etosha Park

Situado ao norte da Namíbia, oferece opção para a maior parte dos animais de planície – “Plains Game, PG”. As fazendas de caça situam-se nas vizinhanças do Parque Nacional de Etosha, não deixe de reservar um dia para visitar o Park.

A chegada na Namíbia é pelo aeroporto de Windhoek. Tendo sido colônia alemã, fala-se alemão e afrikaner. Mas não se preocupe, em 1991 a Namíbia adotou o inglês como língua oficial para facilitar sua ligação com o mundo. Como em boa parte dos países da África, as armas são entregues nas mesmas esteiras que as malas. O desembaraço de armas é rápido. Não há necessidade de apoio do guia para desembaraçar as armas.

A partir de Windhoek será feita uma viagem de quase 500Km até a região de Etosha. A estrada é asfaltada e muito segura, haverá varias oportunidades de parada ao longo da viagem. Se for dirigir, tome cuidado porque a mão é inglesa.

As caçadas podem ser de espera ou de perseguição em veículos ou a pé. A possibilidade de realizar a caçada em esperas ou embarcado viabiliza uma boa experiência mesmo para os caçadores que estejam fora de forma. As viaturas são abertas e preparadas para acomodar dois caçadores confortavelmente na caçamba.

Também é possível realizar as caçadas com arcos. Legalmente o menor calibre para a caça de animais de porte médio é de 7mm.

Dificilmente será necessário levar sacos de dormir para caçar nas fazenda de caça. Normalmente os pacotes incluem a hospedagem em construções de alvenaria e a alimentação e bebida. Quando for negociar lembre de verificar se o imposto (VAT) está incluído no valor. O caçador paga apenas pelos animais que abater ou ferir (qualquer gota de sangue é indicativo de ferimento). Conforme o tamanho da fazenda é possível encontrar bangalôs de até 4 suites, cada um com duas camas. Assim é possível montar grupos de oito caçadores atendidos por 4 carros com um guia e um motorista. As refeições principais são quentes e muito saborosas! A roupa é lavada diariamente.

Em razão da topografia e vegetação, os engajamentos podem ser realizados a longas distância. Existe possiblidade de ocupar esperas próximas a fontes de água ou seguir os rastros em cima dos veículos. O período da seca, de meados de março a meados de outubro, vai facilitar a observação e valorizar as esperas nas fontes de água. Lembre de levar agasalhos, as temperaturas podem chegar aos 5 graus centígrados no início das manhãs.

As fazendas chegam a 10.000HA e o sucesso da caçada é 100% garantido. Como as caçadas são realizadas em veículos ou esperas, não há demanda física, basta subir nos carros e aproveitar o passeio.

No sul da Namíbia, por vezes, são realizadas caçadas de controle de população, reduzindo os custos dos animais.

Troféus: Jacal, Babuíno, Avestruz, Steenbuck, Springbuck, Warthog, Blesbuck, Gnus Preto e Azul, Zebras Burchells e Hartmann, Orix, Eland, Girafa, Oryx, Hyena Marron, Hyena Pintada, Kudu, Red Hartebeest, Cheetah, Waterbuck, Nyala, Dikdik, Impala…

Kamchatka, onde inicia a Ásia

Kamchatka, onde inicia a Ásia

Localmente se diz que a Ásia inicia no Kamchatka, mas para quem está  chegando, parece que termina lá. Depois de 9 horas  de vôo de Moscow, finalmente acontece a impressionante chegada em Petropavlovsk. Vulcões parcialmente cobertos de neve e rochedos saindo do mar irão proporcionar belas fotos! Vale a pena viajar em uma janela longe da asa, de preferência nas janelas da esquerda.

Esta é outra viagem que exige um planejamento detalhado. Moscow é o caminho mais usual para se chegar em Petropavlovsk. É de bom alvitre que seu guia – “outfitter” – envie um representante para ajudar com o desembaraço das armas. Os policiais são educados porém a comunicação é bem difícil. Pode não ser possível conseguir uma conexão para o mesmo dia portanto é necessário organizar sua estadia em Moscou. Com há males que vem  para o bem, essa estadia vai lhe dar oportunidade de conhecer um pouco da bela capital russa. Lembre de estar sempre de posse da licença de suas armas. Será necessário apresentá-la no “check-in” do hotel.

A viagem de Moscow para o Kamchatka é longa e cara. Ainda por cima não será possível manter sua franquia internacional de bagagem, que inclui pelo menos seu rifle, munição e uma mala. Por isso pode compensar comprar uma classe melhor com mais franquia de bagagem, ainda mais porque não será necessário lutar com espaço para acomodar seu saco de dormir e sua mochila na cabine. É possível que apenas o aeroporto de Domodedova tenha vôo para Petropavlovsk que é um destino concorrido para caçadores e pescadores, por isso é bom chegar com mais antecedência já que pode haver fila para licenciamento das armas. Provavelmente seu guia viaje no mesmo vôo facilitando bastante o embarque e desembarque.

O aeroporto de Petropavlovsk é bem organizado, suas armas vão sair na esteira das bagagens e o desembaraço das armas é ligeiro.

O deslocamento para os campos de caça é realizado logo após o desembarque. Se quiser comprar alguns petiscos no mercado, é bom fazê-lo antes de sair da cidade.

Existem várias áreas de caça no Kamchatka, as estradas são muito boas. Mesmo após sair das rodovias, as estradas de terra são bem conservadas Leva-se em torno de 4 horas, com direito a parada para lanche, para chegar na região de Milkovo.

O Kamchatka é terra de belas paisagens. Os maiores alces do mundo estão lá e em Chukotka. O número de licenças expedidas não costuma passar de 150 por ano e a temporada vai de setembro a final de dezembro. A partir da segunda quinzena de novembro, os rios congelam e a neve permite que a caçada seja feita por trenós. Os rastros dos animais, na neve, são facilmente identificados e seguidos por trenó. Assim a demanda física do caçador é reduzida. Mas fique pronto para conviver com temperaturas que vão oscilar de -10 graus de dia a -20 graus de noite.

O período do acasalamento ocorre antes da neve e varia com as condições climáticas, mas costuma ser entre 5/Set e 10/Out. Nesse período de cruza chamado de “rutting time”, os guias usam “chamas” para atrair os machos para clareiras onde é mais fácil identificá-los a distância.

Serão aproveitadas as trilhas existentes que permitam o trânsito de veículos até pontos de  melhor acesso às clareiras. A partir daí, o ataque às clareiras será a pé. É possível que as caminhadas sejam bem longas, esteja preparado. Antes de sair dos pontos de ataque diminua seus agasalhos para não deixá-los molhados de suor. Você vai precisar deles secos quando chegar nas clareiras. Com um pouco de sorte pode ser também possível conseguir a chance de caçar um urso pardo. Antes da neve começar a cair os mosquitos podem infernizar sua vida. Se viajar nesse período, não esqueça de levar bastante repelente!

Normalmente existe um acampamento principal com instalações bem razoáveis com um alojamento de madeira com 3 camas e um aquecedor, uma instalação de cozinha capaz de acomodar 6 pessoas sentadas, uma barraca chuveiro e uma barraca latrina. Os guias ficam acampados em barracas. A caçada é do tipo 1×1 (um guia por caçador).

Conforme a demanda da caçada, é necessário estar equipado para não retornar ao acampamento principal. Existem pequenas cabanas que também garantem um  pernoite seguro e confortável. O fogão serve de aquecedor. Como as janelas não abrem, a ventilação é realizada retirando um bloco de madeira acima da janela.

As refeições são quentes, feitas em fogão a lenha, e bem saborosas. A carne dos alces abatidos é  integramente aproveitada e muito saborosa.

Durante todo o tempo o caçador deverá estar portando a licença da sua arma, não deixe o guia centralizar toda a documentação em uma pasta própria, pois se houver um desencontro, o caldo pode engrossar se não estiver com sua licença. Os hotéis mantém as armas em depósitos, mas exigem a apresentação da licença. Existe registro de caçadores que foram parar na delegacia por que a documentação da arma estava com o guia que acabou chegando no hotel depois do caçador. O processo de liberação de entrada e saída da arma é  realizado pelo “Outfitter”.

Ao final da caçada é bom estar preparado para ter que passar algumas noites no Hotel Petropavlovsk antes de embarcar de volta. Ele é bem confortável e será possível descansar um pouco antes da longa viagem de retorno. Será também uma boa oportunidade para comprar algumas lembranças.

Taymir, a Sibéria mais ao norte

Taymir, a Sibéria mais ao norte

Localizada ao norte da Sibéria, a península do Taymir é uma opção para quem estiver em busca dos grandes lobos árticos que alcançam até 90kg. Para uma caçada desta são necessários muitos preparativos, principalmente por causa do frio extremo que se enfrenta, com temperaturas abaixo de -45ºC e, apesar de toda preparação, não há garantia de sequer ver um lobo, mas as recordações serão inesquecíveis

Tendo em vista a agilidade e velocidade dos lobos, recomenda-se utilizar armas semiautomáticas ou espingardas 12GA. Não são admitidas armas com aspecto de rifle de assalto. Carabinas .30M1 e rifles semiautomáticos em modelos de caça são aceitos, é prudente confirmar com seu guia se sua arma será aceita. Com relação ao aparelho de pontaria, lembre que os animais estarão em movimento e que o atirador estará com óculos de esquis, portanto mira aberta ou luneta de baixa potência vão facilitar sua pontaria. Se for utilizar mira tática procure uma russa ou preparada para temperaturas árticas. Marcas famosas sequer ligaram, e quando  ligaram, já no acampamento, não foi possível identificar o retículo em razão da intensidade do branco do ambiente.

É possível conseguir uma conexão de Moscow para Norilsk no mesmo dia. Confira os horários dos vôos e programe sua viagem para pousar cedo em Moscow. Garanta bastante tempo para poder desembaraçar suas armas e embarcá-las nos vôos da tarde que partem para Norilsk. A presença do guia – “outfitter” é muito importante na sua chegada!. A polícia é muito gentil, porém a língua é um obstáculo e o processo leva algum tempo, principalmente se estiverem próximos a troca de turno. Caso opte por decolar no mesmo dia da chegada preste atenção para que seu vôo de conexão decole do mesmo aeroporto por onde você pousou.

Existem dois grandes aeroportos  internacionais em Moscow – Scheremetievo II e Domodedova – eles são bem distantes um do outro e o transito pode pregar surpresas. As companhias “Nordstar” e “S7” realizam vôos para Norilsk decolando 2100H e 2300H. Por fim esteja com seus casacos, luvas, gorros e cachecol na mochila prontos para vestir porque a chegada em Norilsk vai ser gelada.

Apesar do frio intenso, não será uma caçada muito demandante de preparo físico, mas vai exigir técnica para uma pontaria rápida e precisa, é bom praticar seu tiro em alvos móveis. Os lobos são muito velozes e mudam rapidamente de direção. Só que antes de tudo é necessário localizar as manadas de caribou e a partir delasidentificar os rastros das alcatéias de lobosque se alimentam do caribou. Se não for possível localizar as manadas de caribou, dificilmente será possível sequer ver um lobo ártico.   

Em março não é possível andar a pé, os deslocamentos serão feitos por trenó e hovercraft. As bases serão confortáveis e aquecidas e a alimentação será quente.

Durante a caçada o lanche será carne de sol, presunto, bacon defumado, pão e doces servidos com chá bem quente. O primeiro dia normalmente é utilizado para acostumar os caçadores a pilotar os trenós e se acostumarem com o frio.

A região é muito mais fria do que se pode imaginar, tão fria que dificilmente caçadores de fora conseguem comprar material apropriado antes da viagem. Botas e calças são um grande problema. As calças usadas são na verdade casacos de perna! E as botas adequadas parecem ser de astronauta, não vai adiantar levar botas para com indicação de -45ºC usadas nos Alpes. Uma marca conhecida que se usa na península, sem qualquer intenção de fazer propaganda, é a “Baffin” – com indicação de -60ºC. Os guias estão acostumados com caçadores chegando com material inadequado, assim que olham as nossas botas sabem se vão ou não servir. Eles podem dispor  de material para emprestar. É bom conferir se sua base vai dispor de “calças-casacos” e botas para emprestar. É sempre bom levar um binóculo, mas haverá pouca oportunidade para utilizá-los. Como o deslocamento é feito em fila indiana somente o “ponta” terá mais condições de utilizá-los.

O tempo vai ser o fator determinante do sucesso desta caçada. A partir da segunda quinzena de março o frio terá  diminuído possibilitando o deslocamento nos trenós. Mas o frio ainda será perigoso, ainda mais com o vento. As manetes dos trenós possuem capas para as mãos e aquecimento que pode ser controlado pelo polegar.

O óculos de esqui é obrigatório. Para os que usam óculos de grau e  não gostam de lentes de contato, existem alguns óculos de esqui maiores que se adaptam por cima dos óculos. De vez em quando os óculos de grau embaçam e será necessário encontrar um “macete” para eles desembaçarem. Quando eles embaçarem, não tire a máscara! Se tirar a máscara, a condensação congela de imediato e vai ser difícil descongelar. Uma forma de evitar que os óculos embacem, é deixar um espaço livre acima dos óculos de esqui para que o ar quente saia por cima. Mas será necessário proteger a pele exposta. Os guias vão lhe emprestar um pouco de graxa de urso para esse fim. 

Prepare sua arma para o frio ártico, as especificações de algumas armas não prevêem o uso sob temperaturas árticas, uma dica é secar todo o óleo do mecanismo. Uma famosa marca européia congelou e não conseguiu disparar. As armas são transportadas ao lado dos trenós e vão ser bem demandadas para suportar o frio.

O Alaska do grande urso pardo

O Alaska do grande urso pardo

O Alaska é um destino procurado principalmente para a caçada do grande urso pardo, o “brown bear”. Já que o assunto é urso no Alaska, convém esclarecer uma pequena confusão,  bastante comum, entre o urso pardo, o urso “grizzly” e o urso pardo de Kodiak. De fato eles são da mesma espécie – “Ursus articus”. A cor do pardo e seu maior tamanho em relação ao “grizzly” é consequência das regiões onde habita.

O “grizzly” habita a região norte e as interioranas do Alaska e o pardo habita a faixa costeira sul onde o clima é mais ameno, a vegetação á mais abundante e a temporada do salmão fornece uma alimentação rica em proteínas, contribuindo para um maior crescimento.

Já ursos pardos da ilha de Kodiac são classificados como uma sub especie do “Ursus articus”. Por terem vivido isolados dos demais ursos do continente  por 12.000 anos, desde a última idade do gelo, eles desenvolveram algumas diferenças na forma do crânio em relação a seus “parentes” do continente.

É importante saber que, nos EUA, a caça e a pesca são regulados diferentemente por cada estado através de um departamento estadual de caça e pesca – “Department of Fish and Game”. O site do departamento do Alaska – https://www.adfg.alaska.gov/index.cfm?adfg=hunting.main – esclarece todos os passos necessários para que os caçadores estrangeiros possam programar sua viagem, inclusive adquirir sua licença de caça e os lacres – “tags”.

Outro ponto importante é que não se deve esperar suporte por parte de seu guia – “outfitter” – no aeroporto de chegada nos EUA. Provavelmente o seu  guia irá encontrá-lo na última cidade antes de sua decolagem para a área de  acampamento. Portanto, esteja preparado para se virar sozinho até chegar lá! Não é complicado embarcar e desembarcar com sua(s) arma(s) desde que toda a documentação esteja em ordem e a mão.

A licença para um “não imigrante estrangeiro” (NIA) transportar armas para atividade de caça ou de competição de tiro é obtida junto ao Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives – ATF. O interessado deve preencher o formulário ATF F 6NIA e enviá-lo conforme instruções obtidas no site www.atf.gov.   

Para o preenchimento do formulário vai ser necessário estar de posse da licença anual de caça, esta pode ser obtida no site do “Alaska Department of Fish and Game” – https://www.adfg.alaska.gov/Store/ . Após aprovado, este formulário é devolvido com um carimbo numérico e passa a ser sua permissão para transportar a arma. O ideal é dar entrada no formulário ATF F 6NIA com vários meses de antecedência. Existem restrições quanto ao comprimento total dos rifles, ele deve ser superior a 26 polegadas (65cm) e o comprimento do cano não pode ser inferior a 16 polegadas (40cm).

Lembre de levar algumas cópias da permissão de transporte de arma e da licença anual de caça consigo e colocar outras junto com a arma dentro do case. Cuidado com escalas no Canadá.

Para a caça do urso pardo o “não imigrante estrangeiro” necessita estar acompanhado de um guia e deverá estar com a licença de caça e o lacre – “tag  – (necessário para animais de maior porte). Estes lacres – “tags” – podem ser comprados localmente em lojas de caça e pesca ou “on-line”, neste caso o  Departamento de Caça e Pesca enviará os lacres – “tags” pelo correio. Eles são de cores variadas, metálicos e numerados. Devem ser fixados no couro do troféu imediatamente após o abate e permanecer até a exportação. É ilegal caçar “big game” sem a posse do lacre – “tag”.

O valor da licença de caça e dos lacres – “tags” – é definido anualmente. Em 2020, a licença anual de caça foi de USD 630, e os preços dos lacres – “tags” variaram por animal segundo a tabela:
“Lista de preços 2020 do ADFG”


A região da península é bastante procurada para a caça do urso pardo, nela se destaca o Parque Nacional do Katmai, uma área muito interessante já que permaneceu por 10 anos fechada para caça do urso pardo e foi reaberta
 em 2015.

A região do Lake Kirschner fica a uns 120km a nordeste do Katmai. Já houve registro de pardos de 10pés na área, que aliás é repleta de belas paisagens, sendo possível contemplar, mesmo a 25Km de distância, o vulcão Augustine e sua cratera fumegando a mais de 1200 metros de altura.

É importante selecionar um bom “outfitter” e definir um contrato prevendo a possibilidade de insucesso para a caçada. Assim como no Taymir e Kamchatka, a caçada é feita em áreas abertas não sendo possível garantir o sucesso.

Os caçadores que vão para a Península costumam decolar para seus acampamentos a partir de Kenai ou Soldotna. Não existem aeroportos internacionais nessas pequenas cidades, o mais usual é chegar pelo aeroporto de Anchorage. Conforme a época do ano, pode ser possível encontrar vôos para Kenai no mesmo   aeroporto. O trajeto por avião é bastante turbulento, pelo menos no outono, uma outra opção pode ser alugar um carro no aeroporto de Anchorage e devolvê-lo em Kenai. A estrada é considerada uma das mais bonitas e nesse período não costuma nevar com intensidade.

Existem excelentes hotéis em Kenai e Soldotna, ainda é possível hospedar-se junto aos operadores dos vôos locais. A vantagem de ficar na cidade é a  proximidade ao comércio e restaurantes, as instalações dos operadores de vôo costumam ser distantes da cidade e a decolagem pode atrasar dias. Não esqueça: a condição climática é o fator de decisão preponderante em qualquer planejamento no Alaska!

O acesso às áreas de acampamento da península é realizado por avião. A decolagem não acontece se houver tempo ruim ao longo  do trajeto. NÃO VAI ADIANTAR ESTRESSAR será necessário esperar uma “janela de vôo” que permita ao avião ir e voltar.  Dependendo do tamanho da aeronave, não será possível transportar as armas nos “cases” duros. É bom verificar com  seu outfitter a necessidade de levar cases macios.

Tenha expectativa de encontrar um acampamento montado com barracas árticas. As vezes é possível tomar um banho com água quente. A água esfria rapidamente no banho de  balde, por isso normalmente a água quente é colocada em um cilindro que a conserva aquecida por mais tempo. Basta acionar uma bomba para dar pressão suficiente para tomar seu banho com uma pequena mangueira. Mas ainda assim é preciso coragem porque o seu chuveiro provavelmente vai estar ao ar livre.

No Katmai, o perímetro do acampamento tem que ser fechado por uma cerca elétrica, que aliás é bem pequena e não passa muita confiança. Os cuidados com o meio ambiente são muito rigorosos,

Não deixe de levar um saco de dormir capaz de lhe dar conforto para temperaturas negativas! Sua barraca pode não ter aquecimento e você não vai querer passar a noite toda com frio “pedalando bicicleta”. Se for no outono, é essencial  que suas botas sejam à prova de água. Sua mochila deve ser grande suficiente para  permitir transportar uma capa de chuva de boa qualidade, agasalhos, binóculo, comida e água. Prepare-se para andar bastante. Na região do Lake Kirschner, os postos de observação – PO – vão estar no alto das encostas, as subidas e paisagens são de tirar o fôlego.

No Parque Nacional do Katmai, é recomendado levar uma arma curta de grosso calibre, além do rifle para proteção. Um .500 com cano inferior a 6” é uma opção segura. Essa arma curta pode ir no mesmo case do rifle e deve ser prevista no formulário do ATF. Verifique essa necessidade com seu “outfitter”.

Os ursos possuem o olfato super apurado, segundo os guias locais eles ficam em pé para ampliar o alcance do sentido do olfato. Por essa razão alguns guias preferem ocupar postos de observação – PO – a partir dos quais monitoram extensas áreas e, assim, limitar os deslocamentos  às vias de ligação acampamento base – PO, de forma a não espalhar cheiro na área.

Prepare-se para passar bastante tempo com o binóculo vasculhando encostas por pequeno os pontos marrons (glassing)! Por isso é importante conduzir binóculo de médio a grande porte de boa qualidade e uma pequena esteira térmica para não sentar diretamente no chão. Normalmente o guia conduz também um “spotter” de grande potência, se o animal for compensador será iniciada a perseguição.

Em razão da possibilidade de passar longos períodos de observação em um PO, é importante conduzir material para proteção contra a chuva de boa qualidade.

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